A comissão especial que discute o
projeto de lei (PL6826/2010) conhecido como Lei Anticorrupção adiou mais uma
vez a votação do relatório final por falta de acordo. O relator da proposta,
deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, explicou que está esperando um
entendimento entre os deputados para evitar que a matéria tenha que ser
apreciada no Plenário.
"E essa é a razão da nossa
demora em votar esse projeto até porque nós queremos que ele saia com um acordo
bem feito para que não vá a Plenário e não fique dependente de uma pauta que
todos nós sabemos: ela é muitas vezes trancada por medidas provisórias que têm
precedência. Então nós queremos aprová-lo na comissão especial de forma que ele
tenha um acordo já para ir diretamente ao Senado."
Pelo substitutivo que está na
comissão especial, as empresas corruptoras serão consideradas inidôneas por um
prazo de um a cinco anos e estarão ainda sujeitas a pagar multas que variam de
0,1% a 20% do faturamento bruto do ano anterior ao da instauração do processo
administrativo.
Para Zarattini. a proposta em
análise é importante para que as empresas realizem contratos de forma mais
consciente.
"Esse projeto vai mudar a
cultura empresarial no Brasil. Ele vai exigir que as empresas se organizem,
preparem seus funcionários, orientem seus funcionários para que não se envolvam
em nenhum tipo de irregularidade porque consequentemente elas vão ser
penalizadas fortemente."
A proposta também determina que
as empresas que praticarem fraudes contra a administração pública serão
incluídas no Cadastro de Empresas Inidôneas. O controle desses dados será feito
pela Controladoria-Geral da União.
As empresas terão também que
ressarcir aos cofres públicos os valores referentes aos prejuízos causados por
suas ações.
Fonte: http://virou.gr/Ljgw3X
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