O
Ministério Público de São Paulo anunciou ontem a instalação de um
disque-denúncia eleitoral, instrumento que será usado para receber informações
sobre doações ilícitas, uso da máquina pública e caixa dois nas eleições
municipais. O número do telefone para captação de denúncias vai ser divulgado
esta semana e entrará em uso dia 2.
"A
democracia pressupõe eleições livres de qualquer mau uso do poder econômico e
do poder político", declarou o procurador-geral de Justiça de São Paulo,
Márcio Fernando Elias Rosa. "Em tempos de Lei de Ficha Limpa, o
disque-denúncia é um aliado importante do eleitor no combate a desmandos
políticos."
Elias
Rosa assinou termo de cooperação com o Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral (MCCE) e o Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE). "A
Lei da Ficha Limpa não é mera descrição de um fenômeno desagradável e
recorrente, não convive com qualquer fator externo de supressão da livre
vontade do eleitor."
Ele
informou que o Ministério Público montará um banco de dados com nomes e
condenações impostas a políticos e a gestores públicos pela Justiça e Tribunal
de Contas. O procurador-geral disse que "é preciso persistência" para
que a Lei da Ficha Limpa cumpra sua finalidade. "É fato que o Direito tem
a pretensão de regular a vida dos homens e da sociedade, mas não pode ser
meramente descritivo, precisa ser prescritivo. No regime republicano não há
lugar para os aproveitadores do poder. Há 20 anos, supor combate ao nepotismo
era um sonho, devaneio. O Ministério Público precisou perder mais de mil ações
para, enfim, derrubar o nepotismo."
Para
o procurador regional eleitoral de São Palo, André de Carvalho Ramos, o pleito
de 2012 mostra que não apenas o aperfeiçoamento da legislação eleitoral é
necessário, mas também a fiscalização. Ele conclamou a sociedade a denunciar
"abusos, não só da propaganda antecipada, mas também a máquina engajada,
um evento festivo aqui, uma festa folclórica ali, simpáticas ao dono do
poder".
Compromisso.
Mário Luiz Sarrubbo, diretor da Escola Superior do Ministério Público Estadual,
avalia que as eleições de outubro serão o "primeiro grande teste da
aplicação da Lei da Ficha Limpa, o primeiro momento em que o Brasil vislumbrará
um processo democrático absolutamente limpo".
Sarrubbo
disse que o compromisso de sua instituição é fazer com que a Ficha Limpa
"pegue efetivamente".
Carmen
Cecília de Souza Amaral, da coordenação do MCCE, alertou que o processo
eleitoral "é a mãe de todas as corrupções". "Estamos tentando
tirar da cesta as maçãs podres."
Ela
apontou para o que chama de corrupção miúda. "A compra de votos é a mais
temível, explora as necessidades da população. Recentemente, o Tribunal
Superior Eleitoral cassou o mandato de um deputado do Amapá, preso em 2010 com
uma coleção de contas de água, luz e IPTU."
Fausto
Macedo
Bom dia,senhores se nós os eleitores fizermos denucia comtra politicos desonesto não vai dar em nada,alem do mas estarei colocando minha vida em risco e da minha familia ok? tenho denumcia a fazer sim mas corro risco de vida porque todos politicos são unidos.se não ouvesse união entre eles as cadeias estarião lotadas.
ResponderExcluirTENHO DENUCIA FAZER CONTRA ALGUNS CANDIDATO A POLITICA DE ITAPEVI QUERO O TELEFONE DO MINISTERIO PUBLICO PARA FAZER DENUNCIAS DOS POLITICOS DE ITAPEVI.
ResponderExcluirCadê o combativo Dr. Silvio Cabral para botar a boca no trombone sobre a vergonhosa eleição para o legislativo municipal em Cotia no dia 07/10/2012? Não vai falar nada sobre a histórica e estapafúrdia compra de votos na cidade? O STF tem dito que a materialidade já não é mais necessária, que indícios e ilações já são o suficientes para condenar. Em Cotia o que não faltam são indícios.
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